terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Bubble Gun



rebenta o balão elástica na boca
bubble gum, shotgun, shortcut
concava potencial de extensa
um solitão averso à rotina
para uma supernova na retina
calabi-yau de vitral caruma
surgindo, um céu de baunilha
depois de caída, de um vómito
de oráculo de árvore abatida
-não tenho ninguém!
Um planeta deserto, num outro
universo. Decúbito dorsal
um homem de escaras abertas
se conserva de esperas, ordens
supremas.
-É preciso casas, pontes, igrejas.
Na transparência, a nado, no ato
jurídico cai sem grito, à terra.
E estrabucha, de sangue na guelra
a cabeça uma âncora prematura
de ácido desoxirribonucleico
incompleto. Formas nominais
de um verbo, nascendo. Avé!
O particípio presente. Tem fé!
Era até possível que fosse vivo
no incrível de se ter imaginado
às voltas, mastigado, sugado
considerado como vício.
É preciso retirar o açúcar da dieta!
E foi assim por Deus na garotice
cuspido, tal pastilha elástica uterina.

Shortcut, Shotgun. A vida uma curta,
tomando por vingança a luta e a bala.
Mas convenhamos,
que ser bubble gum tem muito mais
graça!










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