domingo, 4 de janeiro de 2015
Há de Haver
Hoje Há frutos no bosque
e surtos no quiosque
os miúdos andam a trote
e as gaiatas de saiote
Hoje Há frutos no mar
e cantos de sereia
os homens partindo na traineira
e as sete saias traiçoeiras
Hoje Há saudade no lar
porque alguém parte
Hoje Há história a contar
porque alguém a sabe
Hoje Há de há-de haver
porque a mó está a moer
no sentido crescente
do tempo da gente
e a lua se revela afinal
uma verdade universal
Hoje Há de um amanhã
de não saber, com prazer
que os frutos continuam a crescer
e os surtos a acontecer
e as gaiatas também a crescer
e os frutos do mar e os homens a chegar
e as saias a baixar e as sereias a cantar
Hoje Há,
se não o houvesse, saberíamos.
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