quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Poeta convidado de hoje neste Blog: Afonso da Mata



Sim, digo-te hoje
mais que teme-lo, gosto de senti-lo.
Gosto de vivê-lo.
Gosto de dizê-lo.
Gosto de dizer que te amo.

Cada dia um novo amo-te.
Novas entoações, novas intenções, novas interpelações.
O sentimento igual.
Tal e qual, sem tirar nem pôr.
Aliás, pôr.
Muito mais amor.

Cada dia um novo ano.
Partilhas, sentimentos, vivências,
que davam para encher 365 dias.
Davam para encher 365 pilhas, de livros
com descrições de sensações,
fantasias e confidências.
E indecências sintáticas que na prática,
não são mais do que o expressar desse NÓS que é maior do que nós.

O expressar desse AMO-TE que é maior do que um simples Amo-te.
Gosta-se das coisas, adora-se os deuses, ama-se as pessoas.
Então este AMO-TE que é maior do que um simples Amo-te,
É maior do que um simples Amo-te, porque
NÓS
somos mais que pessoas, mais do que deuses, e gostamos muito das pequenas coisas que fazem de cada um de nós, NÓS.

Há dias em que temo dizer que te amo.
Com medo que com outra entoação, com uma outra intenção, ou numa outra interpelação, esse AMO-TE
não soe maior do que um simples Amo-te.

Mas sim, digo-te hoje.
Mais que teme-lo, gosto de senti-lo.
Gosto de vivê-lo.
Gosto de dizê-lo.

Gosto de dizer que te amo.

Cada dia um novo AMO-TE.
Cada dia um novo NÓS.



Afonso da Mata 

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