quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Era para dizer-te que...
Creio que gosto demasiado de ti
e por isso colido contigo
por isso tanto te critico
para que sejas perfeito
ou que não possas errar
ou que não veja eu o defeito
para não deixar de amar.
Creio que somos parecidos
que do mesmo medo nos sentimos
que da mesma fornada saímos
e que os nossos medos se escondem
um do outro em palavras de desdenho.
Mas creio que sei do tamanho
do que sinto por ti, é maior, tão maior.
Que chego a entristecer por saber
que há sempre um amanhã menor
um dia depois do hoje, de queda
de irritação, de infelicidade conjunta.
E eu gostava que meus olhos se lavassem
de toda esta vida passada de fins.
Gostava de nascer hoje para ti.
Gostava que nascêssemos hoje
um para o outro.
Gostava que soubéssemos dizer
coisas bonitas um ao outro.
Que nos elevássemos nessa asa
que um ao outro cobrisse de esperança.
E não há nada que possamos fazer
senão vivê-lo. E passar por tudo isso
com zelo.
Por tudo isso que é tanto,
que às vezes sinto que não me cabe cá dentro.
Mas sim, digo-te hoje
mais que teme-lo, gosto de senti-lo.
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