sexta-feira, 17 de abril de 2015
ceder como se fosses partir
o calvário
dos canhões transeuntes
de uma alma babuína
de macrofórmulas de bandeja
macrocéfalos de trágicos findos
que sabe deus quem
E correr água abaixo maratona
todas as fontes que secam de ti
alienado monstro tribalístico
de todas as baleias em guerra
o esqueleto da referência bíblica
da pérola regada de seiva amarga
por mitos e dígitos gravitados
da aniquiladora força que nos repousa
o renunciar.
o zoneamento de um bulldozer
na quebra-luz de um mapa astral
a minha terra natal foi esquecida
seriamente desfigurada e agregada
a uma outra qualquer
e no pós guerra da alma
que a estéril há-de vir
a exímia performance da sombra
no emigrar para um novo mundo
no vício da gravidez biográfica.
São os maneirismos da vertigem
de uma viagem terminal antes do tempo
inefavelmente exasperada e sedutora
no suspiro que conecta o ritmo cardíaco
tudo se cortina de uma forma pesada
e se esmaga numa besta certeira
o vigilante que ignora o tremer das teias
que se deixa nas costas de uma espreguiçadeira
esse solitário grande demais
esse ódio mortal a génesis
torcendo os dedos flexíveis demais
demais
para sermos nós dois para depois.
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