quarta-feira, 15 de abril de 2015
Levo-te enfim
duas potências lutam
a covinha na bochecha e o enfeite
e do pulso prateado
os lábios sobre a dentadura
eis o assunto demográfico
quando a minha pele toca na tua
na subtileza de um quebra-cabeças
o cravo branco na lapela
outorgado pela natureza
e ainda um maço de cigarros para a moleza.
e da poltrona murmurou:
-dá-me uma chance de fechar a porta à chave
na armadilha quase óbvia o microfilme
entrecortado em filtros de espelhos
os músculos dos antebraços
na hora da aterrissagem
rabiscando contabilidades
e combustível no reservatório
de tudo previsões optimistas
e cartuchos novos.
e no jornal vespertino
um destino quase nosso
caduco de coisa alguma
arraigado a tiracolo
enquanto na boca
o açucareiro deixado entornado
fugando os últimos beijos da manhã.
E por último,
a desviar figuras
o montar do quebra-cabeças:
-guardo no cimo do monte o último dos horizontes.
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