sexta-feira, 24 de abril de 2015
cluedo
o sorriso dilatou-se
de trapaças horas de espera
como se o restante se cativasse inexpressivo
e dos olhos abrindo uma névoa ambulância
as moscas zumbiram furiosas
tal lanterna no fundo do perímetro
onde jaz uma nesga de infortúnio
tal letreiro sujo: ditos cujos
e um banco feito de tripas
onde o velho se aquieta sincero
de tudo ser já despedidas.
Melhor que apanhado às escondidas
no bar das esquinas murchas
chamando por alguém que fale a sua língua´
do arquivo metálico da vida corpulenta
que não cabe mais em qualquer gaveta
Tens no colarinho o esfaquear
martelado de uma máquina de escrever
à beira da cadeira piadas obscuras
que enchem o cachimbo de dedos grossos
e chicotes no lugar de células
a uma velocidade de crente
és tu agora um homem sem pressas
onde as horas são tochas
que mergulham em águas densas
E toda as fibras do corpo sobre rodas
se vibram de indignação sem símbolos
somos discurso compacto
repleto de animais à solta
armas de calibre 45
enfim ladrões de meio calibre
úlceras para panaceias
de palito no canto da boca.
há de ser necessário um par de pernas rijas
e uma dose extra de teimosia
pistas mecânicas para detectives sem crime
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