domingo, 5 de abril de 2015
O mistério das bermudas
a ilha do tesouro é um poema de vida
imaginar um banco de avioneta
na euforia fora de época festiva
sobrevoando ilhas plutónicas
na solidão das armas que descansam.
um poema que nos fala sem palavras.
que apenas transpira a uma temperatura
de suavidade e candura, na cabeceira
de uma cama adormecida na planura.
e homenagem a dotes visionários
os olhos cerrados em sonhos de Verne,
sempre a tortura de uma ausência
que a força aérea se impõe.
nada será ocultado quando se anda
em reacção ao acordado.
tudo visto e ponderado do cimo
dessa avioneta que nos espia de mimo.
Indo e vindo. o tempo de carência
no ritual de embarque, a ousadia
de sermos feitos da mais breve orla
sempre se cortando o mar da terra.
e nunca se encontra o que se quer
mas se insiste. e se resiste. na força
de uma pirueta acrobática bubónica
na ficção desta vida e não outra.
X libris.
a ilha do tesouro sempre lá esteve
vagueando pelos esboços da alma
marchando no alinhamento
a indiferença
que nos leva a passar sem vê-la
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