segunda-feira, 11 de maio de 2015
concreta mente és
cujo tecto aberto em clarabóias de significância
o primeiro choque é a constatação de não haver
há um porteiro ensonado de uma voz solta
o administrador de uma grande coisa celada
a todos aqueles que se querem ver dentro dela
não há absolutamente nada para lá dessa
que não possa ser contido numa ponta solta
cujo tecto aberto de despede de um ponto
na sempre volta amainada da terra pela lua
mas um ponto antes ponto agora estilhaço
deixando cair a luz inerte do seu colo
de não saber se dentro se fora mais perto
pusera-se a contemplar essa coisa
interrogação, tendo oferecido o pão das estrelas
e toda a gravidade do seu coração
um homem nem bem perdido nem bem achado
que antes amava as ruas da sua ruína
que antes se sentia completo na sua nostalgia
que antes a dúvida o consumia, fugiu de órbita
e estendeu a sua mão
numa palavra pedindo a passagem sem volta
de o dizer a um desconhecido a verdade
ampliando toda a vontade de ser qualquer
um homem qualquer
mas sem história
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