terça-feira, 19 de maio de 2015
Os andarilhos de Deus
de aqui se andar descontente
et voilá, écrire no Saara
a usurpação do real se afoga
em punhados de areia e nada
aceno de cabeça bastardo
ao efeito mágico do andarilho
que caminha sobre as águas imaginárias
as últimas coisas
do profundo subsolo da memória
um retardo ambulante
em função dos seus próprios eus
aqui o epicentro é mais fundo
da crua aparência a secura
mas fechar os olhos e sonhar
pela nítida arritmia cardíaca
esses sistemas de vida assistida
de se acreditar em milagres
e um acto de amor não falhe
a quantidade das coisas últimas
pesando-se nas pegadas sobre o mar
querer fazer-nos a vontade
nossa coisa vazia de verdade
um longo instante..areia esculpida
um tão improvável homem nasce
do papel de deus num milagre
os andarilhos de deus
caminham sobre a areia fervente
descalços
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