sexta-feira, 29 de maio de 2015

Mundus est fabula


Da atenção maquinal um pulo confortável
afundamento de uma exclamação surda
do ranger dos dentes o arcar de tudo
o homem e o momento
das próprias loucuras
e a prova mais dura, transcrever honesto
no recato de um violento aposento
porque a grande muralha é o mesmo.
Ah grande porta ogival humedecida
o pátio sombrio de tecto abobadado
e um castelo para seu uso particular
de mimos de exagero
a sólida fortuna dos cofres de herança
do labor afectivo da extravagância
moedas de dor sonantes.
e edificado rei no forte peito aristocrático
onde nada lhe foi ensinado
o pendor natural e humano
varonis de obstáculo e desejo
no ímpeto da anti oxidação das pratas
lavradas de um notável puro sangue
essa vontade férrea tão próxima de Eva
e que lhe importa o deixar-se escravizar
tal praga no senado, que leviana essa diva
só poderia do paraíso ser fugida.
Pobre Eva! E vê-la surgir em cada conversa
depois de silêncios que embaraçam
e de muitos mitos consumados

Pelo castelo do pobre homem que a ama
-Pobre de Deus...
SE fosse qualquer outra, camponesa
ainda que das mesmas artimanhas criatura
deformar de forma tão entregue a sua vida
mas, pobre Eva maquinal a sorte da Terra.


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