segunda-feira, 11 de maio de 2015

pensando em isso



-é difícil de explicar, essa revolucionária pregação
 é como se deus se estivesse a enganar e a pilhar
quando se está entre gente que não se sabe estar
sente forte o cheiro da poeira ardente árida gente
uma espécie de solução permanente que não se sente
de se estar sem fôlego no fundo do lago extinto
e das contas do rosário de zimbro reza o incrédulo
perturbar um céu esquisite-se tudo ingénuo
de resto se aprofundam verdades de cara fechada
velhas como estas que nos anulam de perguntas
sinte que se imaginam palavras chumbadas de alma
mas não saber se lhes conhece o rasto ou se esqueceu
talvez seres extra atmosféricos que dentro de nós foi
da nossa cabeça periféricos recortes de seres
rebuscando o que se conhece tanto e sem fronteiras
-qualquer coisa para contar numa viagem às órbitas de si
uma e outra conta pelos dedos que se esfregam de fanatismo
altas faias escutam-se segredos que se tomam de só
e apenas túmulos de família para nos deitarmos
para na chama estatueta oca nos realizarmos
 da amargura onde se serve material distraído
o homem se começar a encolher de tanto alarido 
que relação há entre nós? quando se acorrenta o absurdo
não tem olhos nem sonhos esse cadáver pessoa esquisito
talvez nosso deus era cego e agora fosse de códigos relevos
sossego e recolher coisas sérias no cicatrizar dos dedos
a argila lá no fundo em desordem  - grosseiras talhas
que quem molda é a falta de falhas
-eis-nos em conflitos de covas
o meu é mais fundo, o teu é palpável
de se procurar escapar pela sombra 
à mais insaciável sede das montras
essas coisas que só no céu fazem sentido
por isso deus está confuso ou nós nos confundimos



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