quarta-feira, 20 de maio de 2015
organic
Vibrar uma barata em sapatos de prata
da massa conjunta o apertão e dar corda
sentindo na pele a fronteira acolhedora
da viva-cidade sem torpor ao acordar
São os cabeçudos que não se vergam
os abelhudos que não se enterram
e a preguiça na qualidade animal.
Factus est sicut equus et nulus
da imundície de más paixões
Quibus non est intelectus
e são os ladrões e os fanfarrões
as soberbas rosas vermelhas
da admiração a carne colhe-las
no odor infecto da renovação
nos acordes de acesso ao acaso
os herdeiros das penas eternas
coluna de cristal para tocar nas estrelas
E cada tentáculo uma asa dolorida
a acidez do gesto contido
milícias da imaculada boca
em marmelada rubis sem roupa
aonde vai a dentro o sapo poerento
Diz que faz um tanto ou quanto ábaco
do nosso pensamento
e a sedimentação da subsistência
o exacto balanço entre
cada fronteira-forma
Fossilizando-se
de mineral a composição
o vasto lapso do tempo
Tantos instantes dádiva
períodos de acumulação
milenares pegadas
facilmente trancadas
Por gradações transitivas
o efeito do paleolítico
nas nossas vidas
É o litoral animal
Rochas submarinas desnudas
um só progenitor
organic beings
de ofegantes distorções elefantes
e oboés de agarro-disparo fés
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