quinta-feira, 14 de maio de 2015
prólogo de um poema vida
e morres sozinho
o universo desintegrando-se lentamente
numa câmara de falta de ar vigiada
e quando os teus pulmões sufocam
uma única lágrima por tudo o que não foste
não porque uma razão te tenha impedido
mas porque não tiveste coragem de o ser
e és então envolvido por uma escuridão
pesada e definida, sentes-te flutuar
pensando livre.
logo saberás o que está para além
todas as restantes lágrimas
de brutais anos perdidos
dos dias que chegaram ao fim
mas morres sozinho
nesse momento único
uma morte ritual, pesada e definida
onde uma única lágrima caída
espera que na palma de alguém caia
e não é um provável inferno
ou um cristalino paraíso
muito antes um limbo onde pairas
expiando todas essas lágrimas
a vigilância da tua morte
é a consciência de uma vida não vivida
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ResponderEliminara vigilância da tua morte
é a consciência de uma vida não vivida"
Lovely <3
Ala Crime