quinta-feira, 21 de maio de 2015
uivos da loucura
A promessa celeste nas trincheiras
heróis e heroínas do fim dos mundos
a barraca da felicidade
ardendo por todos os poros
É o pão da alegria e o segredo do amor
a esperança nossa e o dinheiro manganão
e os anjos rebeldes brotando do chão
esse cão chão ímpio
avarentos restos de sua santidade
Os tiranos lavam-nos os pés
mudam-se as matrizes
do arrependimento à misericórdia
todo o homem tem história
feito voluntário
mas há apenas um único grito
aflitíssimo que o acorda
quando a pele cai para mudar
e desse ser que escorre sangue e carne
quem visita as muralhas ausentes
para chegar ao verdadeiro fogo infernal
mesmo antes da dor
A raiz de todos os males
diz que é a desobediência
e o descurar da oração hipnotizante
do parecer que a terra se move
Ah a eterna salvação
no lugar do rico coração
a omnipotência e o pecado de infância
-Como fomos loucos!
E diz que a loucura não tem remorso.
(No oratório no dia do juízo final
escutam-se uivos dos vermes que não morrem)
E ao contar este sonho
dilatando-se-me a alma
vi lá muitos dos que aqui me escutam.
Para ir ao inferno é preciso ser antes
julgado.
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