segunda-feira, 6 de maio de 2013

A sala, abre, entra. O chão encerado  do candeeiro apagado
pé ante pé passo desconcertado abrem ao centro movimento
deita-se no chão hoje não está frio  estrelar alcança os cantos
e no olhar uma janela aberta para rasgados contínuos cristais
mãos que procuram as dele, comunhão feliz de ideias ao vento
foi preciso ele partir para ela perceber da beleza desse jardim
e conseguir descrevê-la em pliês libertinos e flutuantes sonetos
se dói como dói a despedida de uma pétala atirada ao charco
e levando a mão à boca recordando beijo mordido de cobra
originalíssimo desfeito em nada, medo de serem tão perfeitos
dança de mágoa por ser assim impossibilidade de ser só feliz
de olhos fechados girando em torno de si  uma lágrima volta
coração apertado deste chão imenso expansivo esquecimento
todo esse lugar e um só corpo vazio como dói o eu do adeus
dança de ser qualquer coisa de amor terror simbiose ou morte
sem final, fica. O chão encerado do candeeiro apagado de ti





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