quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sonetos do Quotidiano III

Ainda não tenho nenhum cabelo branco
Que sorte! Na minha família aparecem
tarde e todos ao monte, mas na verdade
embora não visíveis,  os tenho há tempo

Iria mais fundo, já os tive e já não tenho
Cheguei ao ponto de nada ter a perder
perigoso não? Longe de preocupações
de futurizar me,  de negro colorações

aquele que nada teme, não a idade
branca, e se um dia acordar lúcida
de tanta vida deambulada, idosa

aí sim, idosa, por dentro e por fora
de articulação preguiçosa mente
que é já a morte viva entre gente



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