Ela quer.
Ela diz que sim, sempre que sim.
Então abre uma folha e escreve.
Começa assim:
The end of love leaves a great emptiness
Anda vá avança
parece-me que começaste do fim.
Quem são os meninos do mundo?
Ou os versos que guardaste no fundo
Dá cá. Parece que entrámos a dentro
É melhor a lápis que agente depois apaga
o que rima com lentes? dantes ou sentes?
Já cá faltava uma caixa de pandora
como se não houvesse tantas na arca
Vejo-te de longe avançando o desejo
do nevoeiro que confunde a manhã
a preto e branco digitalizado no ecrã
tenho água pelos tornozelos
a alma cá dentro aos atropelos
conta-me qualquer coisa sobre ti
mas queria ouvir te na voz
grava e envia me uma fita
já não conheces a minha rua?
fica na curva da tua
Ela quer.
Lisboa Morena Morna.
Fullfield by a strong friendship.
Não me deixes afogar
Ressurreição da palavra
coze-me as asas e levanta-me
Abre outra folha e deixa-a em branco.
Compra um bilhete de comboio.
Pro cura-te.
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