quarta-feira, 29 de maio de 2013

Aos dias da prosa

Troca trilho há um poema suicida entre nós
andarilho que dá nós ao pescoço é começo
cós moderno e arcaico, ambieco lá do fundo
cósmico mito de paranóico propósito sito

e anda louco publicado, potencial mirado
ignorado ou explicado, será o livro do ano?
da pré-lógica a poética, quiçá lírica activa
ou semântica semiótica aos pés anedótica

que o autor não é autor, ao invés actor
da permanência uma doença de rugas
da máscara que lhe assenta sem valor

a coisa que não é coisa senão humana
que escorrega pela mão da narrativa
ao concreto o romance do lava-loiças

deixemo-nos de tretas! já não vivemos
dentro das ditas casas de bonecas
e porque não o manifesto ilustrado
para brincarmos de sermos soldados?



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