As formigas como eu, trabalham de sol a sol
de inverno não há trabalho, de inverno não há talho,
a bem dizer de verão também não, é poupar e poupar
e o resto é feijão e debaixo do colchão o salário da estação
e o combate à formiga há muito que passou a moda rotineira,
elas que se rebaixem, que o veneno do governo é fatal
elas que trabalhem, que as cigarras precisam de muito material,
elas que se cansem, que eles colhem sem canseira
mas elas são a força da natureza, sociedade secreta,
há muito que transmitem mensagens clandestinas
códigos, entendimentos sociais e políticos futuristas
alien ou visionária, a formiga é a resistente da terra
qual é o segredo? ou de que é que têm medo?
que a formiga pare o seu carreiro, mude de paradeiro?
predadores famintos, o nosso ninho é infinito!
superorganismo autodefensivo, a isto chamamos vivo
o exposto é apenas o rabo de um carneiro já morto
o engodo de um caminho que não vai dar ao submundo!
sanguessugas domésticas, sanguinários amestrados
encarneirados sem sistema, nós estamos organizadas
a formiga, formiguinha, não se perde não sozinha!
Sem comentários:
Enviar um comentário