quarta-feira, 8 de maio de 2013

arranca me a pele
está a queimar por dentro
os meus cabelos ao vento
deita o meu esqueleto
numa barca ao oceano
empurra e deixa
pirilampos à minha volta

de branco
ácida a noite
segue ao horizonte
empequenando
a minha última
morada

vikings virão
espoliando me a mente
acaso deambulando
de assalto ao coração
ardente

deixa que enalteça
que suba às estrelas
expiando uma razão
e a terra em rotação
seja em festa

rodas caveiras
grinaldas cantigas
rosas oferendas
espadas cometas
moedas e guias

é preciso isso tudo?
para me arrancares a pele?
foi só o que pedi não?
ninguém encomendou
poesia fúnebre
morbidez de enterro
muito belo muito belo
mas o que eu tinha
era apenas um escaldão!









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