às vezes de mansinho chega-me melancolia
numa respiração no meio da melodia
em tom menor vem de encanto
arrepiando-me a espinha
num prazer definhando a quase perfeito
desse querer estar triste por gosto
sentindo mais de perto
o teu rosto que não sou
no que difere da saudade?
o que na verdade nunca tive
ou talvez
de uma vida que não é a minha
ou então misturada de angústia
de não viver tudo
ou partir antes do tempo
ou enfim o prazer
de profundo devaneio
de tão calmo
ser confundido
como triste
fica mais um pouco
deixando que o verso te conheça
não importa o nome
dá-me essa forma de estar
eu sei donde tu vens
já vi a minha alma passar
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