sexta-feira, 17 de maio de 2013

não sei bem o que se espera da vida
eu não espero nada
ou melhor,
espero escrever e nada mais
já não é pouco...
e dar-lhe voz, a minha
mas de resto, mesmo nada
tudo o que vier
sem estar à espera
será infortúnio ou felicidade
na certeza de que eu continuo
a existir no entretanto
na escrita

e considero me afortunada
porque a maioria
anda por aí em manada
atrás da vida que vai à frente
conduzida pela mão que vai cega





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