quarta-feira, 8 de maio de 2013

Que tara de noite

                                                 a música regressa

electrónica frenética, adulterada ascendente sente
como se quer a altas horas da madrugada, épica
como se não houvesse outra, a noite prolonga-se
arrastando engolindo alvoradas pálidas e magras
de buraco em buraco promiscuo corpo, sedento
de violência, de abuso de tudo o que nos mata
aos poucos desaparecemos diluídos no sistema
de som de luzes apertos calores de cores vícios

                                                           fica quieta

imóvel receptáculo de graves que crescem do solo
posso até fechar os olhos e vertiginosa quase queda
meios sentidos quando me dirijo ao wc e encontro
a mais bela criatura que a embriaguez não disturva
num cubículo sumido que nos segura, aquecendo
é prazer no peito percorre ao sexo mãos e boca
mãe santa como és louca!

queres mais?
                                                                       










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