quarta-feira, 15 de maio de 2013

quero lá saber que certas palavras não existam
o poema tem uma realidade só sua
e quem tem autoridade para censurá-la?
quem?
os que a criticam mas nunca escreveram uma linha?
ou os que o sentem e escrevem e se estão a cagar?
certamente não aqueles que os lêem, esses viajam
gratuitamente sentados nos seus sofás entabuados
de mim vem aquilo que ele quiser, atento unicamente
a erros de ortografia ou de concordância por capricho
mas de resto, já o disse antes, é ele aos comandos
livre, autónomo, sem académicos pidescos
ou grande necessidade de técnicas plagiadas
ou sequer pensadas, livre, livre de mão domada
assim como vem, vai
deixo para os génios a arte de embeleza-los
feio, que seja, mas é como se diz
não há pessoas feias
aos olhos de quem as ama



  

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